
Fico perdida
em mim mesma,
procurando
as minhas várias,
múltiplas, únicas;
sou a grávida
dessa poética desejada,
a minha louca viciada
que se refez por inteira
nesse universo engravidada.
Amo-me, recrio-me;
sou as tantas
de uma bastarda,
a única da mãe viciada;
eu delas e elas em mim,
todas cheiram ao ópio da arte
e eu sou essa bela forma de vício.
Como negarei àquilo
que carrego no ventre?
agora entendo por que
o universo é redondo:
sou uma grávida eterna,
infinita nessa gravidez poética…
autoria: Juliana Bumbeer. (julianabumbeer@gmail.com)
Poema Premiado na Prefeitura de Recife, 2010.
Parabéns !!!!! Que legal esse texto Ju.
Parabéns pela premiação, mais que merecida !!!